Em live monitores fazem relatos emocionados sobre experiências do Mais Estudo

Como parte das atividades de encerramento de mais uma edição do Mais Estudo, a Secretaria da Educação do Estado (SEC) realizou, nesta quinta-feira (20), uma live de compartilhamento das experiências do programa de monitoria em Língua Portuguesa e Matemática, com a participação de estudantes monitores, professores e coordenadores pedagógicos que, durante a pandemia do novo Coronavírus, se reinventaram para contribuir nas atividades pedagógicas on-line da rede estadual de ensino. Nesse período, a SEC envolveu os estudantes em um processo de “letramento digital” e uso de múltiplas ferramentas, com o desenvolvimento de produções artesanais e uso de e-mails, de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), de salas virtuais e de grupos de Whatsapp.

A superintendente de Políticas para a Educação Básica da SEC, Manuelita Brito, que mediou o encontro virtual, fez um balanço desta edição do Mais Estudo. “Foi uma enorme alegria termos feito esta live de encerramento de mais uma etapa do programa porque, além de muitas informações importantes, trouxemos depoimentos dos estudantes monitores, que se superaram neste período, pois fizemos um Mais Estudo completamente novo, em uma versão virtual muito desafiadora em que todos estavam juntos, mas separados, chegando muito vitoriosos e felizes com os resultados”.

A importância do Mais Estudo na vida dos estudantes da rede estadual foi enfatizada pelo subsecretário Danilo de Melo Souza. “Tivemos uma tarde muito bonita, porque podemos falar de resultados em uma live de celebração. O governador Rui Costa e o secretário Jerônimo são grandes entusiastas do Mais Estudo, pois este programa dialoga com um espaço que é muito importante para jovens e adolescentes, que é a escola, onde todos podem aprender e ensinar. Esta é uma forma muito generosa de se pensar a escola. Toda vez que falamos de escola, temos a ideia antiga de que ela é coisa dos professores, do diretor, da secretária, do porteiro. E, na verdade, escola é lugar de pessoas que têm sonhos, que estão construindo sonhos. A crença da SEC neste programa, portanto, é a certeza de que os estudantes têm buscado aprender e ensinar, que são ações coletivas, e este é o sentido da escola”.  

A estudante Ana Camila Nogueira, 19, do 4º ano do curso técnico em Agropecuária na Escola Família Agrícola Mãe Jovina, no município de Rui Barbosa, falou sobre a experiência no seu primeiro ano como monitora de Matemática. “Mesmo a quarentena nos impossibilitando de ter o contato físico com os nossos colegas e professores, o Mais Estudo buscou alternativas para que, mesmo distantes, estivéssemos em contato. E a tecnologia foi a nossa aliada a partir de plataformas como o AVA, Google Classroom e Whatsapp. A experiência foi bastante positiva também pelos mecanismos didáticos que o AVA disponibiliza para a gente, com acesso a vários jogos que ajudaram no aprendizado, principalmente daquelas pessoas que têm uma certa dificuldade ou bloqueio com a Matemática. Outro ponto que me ajudou bastante foram os R$ 200 mensais que recebemos de bolsa, já que, futuramente, pretendo ingressar em uma faculdade e este dinheiro já vai me ajudar neste meu processo. Espero que outra edição seja lançada, porque é um programa muito proveitoso para todos nós”.

Monitor de Língua Portuguesa e estudante do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Luís Viana Filho, no município de Irecê, Mateus Fonseca Araújo também falou sobre o significado do Mais Estudo no seu percurso escolar. “Foi um prazer ter tido a oportunidade de participar pela segunda vez do programa e de relatar a minha experiência. O Mais Estudo foi mais que essencial neste ano, principalmente por conta da pandemia, que levou a nos reinventarmos, buscando nos recursos tecnológicos uma forma de contornarmos a situação. Minha experiência no AVA foi muito dinâmica e inovadora. Os estudos, principalmente de ortografia e produção textual, me desafiaram e me estimularam a criatividade. Uma das minhas contribuições para o programa foi gravar tutoriais para ajudar os colegas monitores que estavam com dificuldades de realizar algumas atividades propostas. Desejo que o Mais estudo cresça ainda mais e gere mais frutos”.

A estudante indígena Nara Raquel, 14 anos, 9º ano do Colégio Estadual Indígena Capitão Francisco Rodelas, na Aldeia Tuxá, no município de Rodelas, monitora de Língua Portuguesa, também falou sobre a experiência. “Quero agradecer aos idealizadores do programa pela oportunidade que tive de participar desta iniciativa tão importante na valorização dos estudos. Agradeço, também, por estar aqui compartilhando a minha experiência junto ao Mais Estudo como monitora. Tive descobertas bastante significativas no AVA, através das atividades motivadoras, interativas, lúdicas. Na minha concepção, esta plataforma oferece um aprendizado que enriquece muito o ensino á distância, é algo inovador porque os estudantes podem interagir entre si. Além do conhecimento, temos uma outra questão muito importante, que é a interação. Aprendi muito com o Mais Estudo e espero que ele possa ser contínuo para que outros colegas tenham a oportunidade de vivenciar esta experiência, que teve excelentes resultados”.

O coordenador pedagógico Raphael dos Santos, do Colégio Estadual Francisco da Silva, no município Sítio do Quinto, destacou o engajamento dos monitores. “Quero parabenizar pela participação, pelo engajamento, pelo trabalho de monitoria dos estudantes, com um agradecimento especial para as cinco monitoras da minha unidade escolar. A atuação da coordenação pedagógica ocorreu graças ao trabalho de mobilização, sensibilização e articulação com todos os sujeitos envolvidos, dentro de um trabalho coletivo realizado a partir do diálogo com todos os envolvidos, tendo como público alvo os estudantes”.

Sobre o Mais Estudo – Lançado em 2019, pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), o programa Mais Estudo contempla os estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental, do 1º ao 3º ano do Ensino Médio e da 4ª série da Educação Profissional da rede estadual de ensino com uma bolsa de R$ 200 por mês, para que possam dar monitoria em Língua Portuguesa e Matemática.

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