Estudantes, ex-estudantes e professores do Colégio Estadual Ypiranga, localizado em Salvador, estão homenageando os 149 anos de morte do poeta baiano Castro Alves por meio de vídeos, nos quais registram suas declamações às obras. A iniciativa faz parte do sarau virtual “Revivendo Castro Alves”, que segue até o dia 10 de julho, com a postagem do material produzido nas páginas das redes sociais do colégio, como o Instagram (@colegio_ypiranga) e o Facebook (Ypiranga Salvador). Antônio Frederico de Castro Alves faleceu em 6 de julho de 1871, no Solar do Sodré, que hoje abriga a unidade escolar.
A diretora do colégio, Rosa do Amparo de Mattos, ressaltou a importância das homenagens prestadas pelos estudantes no sarau. “Para nós, nesse momento em que estamos presenciando tantas atitudes preconceituosas, mais do que nunca, reviver Castro Alves é fortalecer a luta antirracista e reafirmar a educação, a arte e a poesia, destacando que vidas negras importam”.
O estudante Fernando Santos Oliveira, 17, 3º ano, que declamou o poema “O livro e a América”, falou sobre a sua participação no sarau em homenagem a Castro Alves. “Usar de suas poesia e reviver as emoções de suas palavras é muito emocionante. Todos os anos temos homenagens a esse grande poeta, o poeta dos escravos e, este ano, estamos participando do sarau virtual. Sinto-me feliz em poder expressar as palavras um dia ditas por ele, pois são palavras que marcaram e marcam gerações e gerações”, afirmou.
A estudante Ana Beatriz Oliveira e Souza, 17, 2º ano, aprovou a ideia do sarau e também gravou seu vídeo declamando o poema “Amar e ser amado”. “Achei bastante interessante a forma que a escola escolheu, este ano, para homenagear o poeta Castro Alves. A criação do sarau virtual é diferente do que fazemos todo os anos, porém é bastante válido. Fiquei super feliz por estar participando desta homenagem, junto com a galerinha toda do colégio”, disse, entusiasmada.
Sobre o poeta – Castro Alves nasceu em 1847, na Fazenda Cabaceiras, no município de Cachoeira e faleceu 24 anos depois, na capital baiana. Ele é conhecido como o “poeta dos escravos”, por ter destacado em suas obras a indignação em relação aos problemas sociais existentes em sua época. O poeta é representante da terceira geração do Romantismo no Brasil e ocupou a cadeira de número sete da Academia Brasileira de Letras.
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